Como a geração Z está salvando os sindicatos
A participação e o apoio da Geração Z aos sindicatos organizados faz sentido quando consideramos o contexto da sua experiência, explica Kate Bronfenbrenner, diretora de pesquisa em educação para o trabalho e professora da Escola de Relações Industriais e Sindicais da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.
“Em primeiro lugar, eles cresceram ouvindo que estariam em melhor situação do que seus pais”, diz ela. “O fato é que acabaram tendo dificuldade para encontrar trabalho e os empregos que encontravam não eram tão bons como os dos seus pais.”
“Eles e a geração que os seguiu estão sobrecarregados com dívidas universitárias”, afirma. “Eles estão olhando para um mundo em que terão que pensar se devem ou não ter filhos por causa das mudanças climáticas.”
“Eles estão preocupados com outras questões sociais mais amplas, como os direitos reprodutivos ou o controle de armas, e planeiam responsabilizar o governo e os empregadores por essas questões”, acrescenta.
As práticas de algumas empresas durante a pandemia, continua Bronfenbrenner, aumentaram o entusiasmo da Geração Z pelos sindicatos: trabalhadores de baixos rendimentos, trabalhadores de serviços e aqueles sem formação acadêmica tiveram dificuldade em obter equipamento de proteção individual, cuidados médicos e licença médica remunerada.
Relatórios do Instituto de Política Econômica mostram que, em 2020, pouco mais de 10% dos trabalhadores considerados “essenciais”, incluindo os do setor comercial, estavam protegidos por contrato sindical.
Por outro lado, os trabalhadores representados por um sindicato tinham mais possibilidades de buscar mecanismos internos e externos para se defenderem em questões de saúde e segurança.
Fonte: BBC NEWS
Leia na íntegra: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72jknv5m45o